Escola de Sustentabilidade Integral

~ aulas encontros 2016 terra mirim

Encontros de ABRIL/2016

Pintura concebida a partir da nossa experiência na Fundação Terra Mirim, feita com argilas de diversos tons. (Por Cristina Silva)



Nessa última semana (15, 16 e 17/04), que começou com o encontro no terraço da Barra, onde assistimos o documentário I am, mostrando a mudança de vida de um grande produtor cinematográfico, que  encontrou  a felicidade que antes não tinha, e logo em seguida com o contato com o grande professor, escritor e antropólogo Ordep, que com sua sabedoria nos contou estórias dos índios e uma série de casos do seu convívio, excita a gente, faz com que reflitamos mais sobre esses exemplos.

Na Comunidade Terra Mirim o contato com os elementos, terra, água, ar, plantas medicinais e os exercícios e participações, em grupo, com o compartilhamento de todos os ensinamentos e práticas que passam a fazer parte de nós e alegra nossa alma. Lembro de, durante a caminhada pela trilha onde visitamos a horta e o plantio das ervas, um contato afetuoso com as plantas que pareciam me acariciar, tocando no meu corpo, borboletas voando em minha frente, como se me conduzisse pelo caminho:
Essa sensação é muito importante, é muito forte, faz um bem danado.

O trabalho com a argila, tanto de pintar como de passar no corpo, o banho de ervas, o banho no rio, tem um significado muito acima do nosso conceito racional, pois está bem acima e é naturalmente Divino.
Somando isso tudo a um estado de meditação com a Yoga Xamânica, bem conduzida por uma orientadora brilhante,  certamente, propiciou a todo grupo um estado de espirito contemplativo e mais sensível na busca do encontro com nosso Eu Maior.
Na verdade tudo que estamos aprendendo e compartilhando vai nos preparar para criar uma Comunidade Sustentável. (Por Asdrubal Alvim) 

Sábado: 16/04

No sábado, pude vivenciar um processo de pintura, no qual estive em contato com a argila tirada da terra, ainda bruta, e aprendi todo amassar, cessar e peneirar a argila, até que ela virasse um fino pó para usarmos na pintura da parede do Templo do Sol de Terra Mirim - misturando a argila com água, cola e cal, renovamos o espaço. Todo o processo de pintura do Templo do Sol pode me trazer à consciência de que o estado meditativo está dentro de mim, sempre que eu queira experienciá-lo. Mesmo em grupo, realizando uma tarefa de pintura, foi possível estar em silêncio e presente, dedicando-me de corpo e alma à atividade proposta. No domingo, como que um presente, pude conhecer uma outra forma de usar a argila... Depois de cuidar do Templo do Sol, pude cuidar e ser cuidada através do uso de emplastro com a argila umedecida. Deitada ao chão, relaxando sob a sombra de grandes árvores, senti, ao primeiro toque da colega, o geladinho da argila em minha barriga e todo o cuidado que ela dedicava a mim. Senti-me cuidada, zelada, com todo carinho e amor. Depois pude retribuir e dediquei o mesmo toque cuidadoso e carinhoso ao fazer o emplastro de argila nela. Nós duas, e as demais duplas que estavam presentes, aprendemos a preparar o emplastro de argila que promove a cura e o cuidado através da terra, da Mãe Terra. (Por Roberta Neri)

Domingo: 17/04

Em uma atmosfera de simplicidade e reverência, entramos no viveiro da Terramirim com as xamãs Minana e Zuca, para que cada um/a escolhesse sua folha para o banho coletivo. Era 17 de abril e, sintonizados/as com o Brasil, pensamos que precisaríamos da força da Guiné, da calma da Água de Alevante, do descarrego do Quioiô, da beleza do Lírio branco do brejo e das florzinhas da Dama da Noite, entre outras. Andando pelo terreno da Mirim, fomos colhendo folhas e flores, e com ajuda das xamãs, preparamos o banho, num grande balde azul, com água do rio e folhas maceradas calmamente e coletivamente. Por fim jogamos as flores que completavam a beleza do que fazíamos. Cada um de nós foi benzido em seguida por Alba e Minana com a água da jarra que saía do grande balde e escorria pelo nosso corpo em união profunda da nossa Natureza com a da Grande Mãe e ouvia as palavras carinhosas e encorajadoras que um/a colega pronunciava em nossa homenagem. Gratidão Alba e comunidade de Terramirim. (Por Débora Nunes)


Domingo em Terra Mirim (Por Eduardo Zanatta)
                                                                   Terra Mirim (Por Lays Britto)

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1 comentários:

  1. "Em 1984 eu compus uma música inspirado no meu estado de espírito e na verdade como eu me sentia e a letra tinha um trecho que dizia:

    ..."Não há beco
    Nem rua, buraco ou esquina,
    Em cima, embaixo, no meio, no fim.

    É inútil buscar um lugar mais seguro
    Onde eu possa ficar, pra me livrar de mim

    De um tempo pra cá, tenho buscado muita paz e uma forma sustentável de vida, de alegria, de saúde e tenho conseguido melhorar, porém com a Escola de Sustentabilidade, nosso grupo e a Fundação Terra Mirim, esse processo foi catalisado de uma forma inefável, pois o convívio com a Mãe Natureza, a reflexão sobre a simplicidade e ao mesmo tempo a complexidade pronta e disponível dessa integração, tem me ajudado muito, tem me feito muito bem e por isso o trecho acima da música Eu e Eu passou a ser:

    ...Em qualquer beco, rua, buraco, esquina, em cima, embaixo, no meio, no fim,
    É possível, sim, buscar um lugar mais seguro,
    Onde eu possa ficar bem pertinho de mim."

    (Por Asdrubal Alvim)

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